No Brasil, o número de casos de mulheres com depressão pós-parto é bastante alto. Esse problema afeta 1 a cada 4 mães, e é um transtorno que pode aparecer dentro de até um ano depois do nascimento do bebê.
Infelizmente esse tipo de depressão é subnotificada, pois muitas vezes é confundida com o baby blues, que é um conjunto de sentimentos de desânimo, cansaço e tristeza que surge em média três a quatro dias após o parto, atingindo cerca de 50% das mulheres. E apesar de muito comum, o baby blues desaparece em até duas semanas e não necessita de nenhum tipo de tratamento.
O problema acontece quando o desânimo persiste, e aliado a ele vem uma sensação de vazio, desesperança e dificuldade em sentir prazer nas coisas. Na maioria das vezes esses são os sintomas da depressão pós-parto.
E nesse caso, você sabe o que fazer para ajudar a recém-mamãe que está passando por esse momento difícil?
Sempre recomendamos às nossas pacientes para contarem com uma rede de apoio, quando possível. Eles geralmente são os primeiros a identificar que algo não está certo. Amigos, parentes e funcionários podem (e devem) diminuir seu sofrimento e incentivar a busca de ajuda médica e por isso tem papel fundamental nesse processo.
Se você é próximo de uma gestante, se coloque no lugar dela, sem julgamentos ou conceitos pré-determinados. Não julgue a mãe com depressão pós-parto, porque o que ela mais precisa nesse momento é de compreensão e ajuda. Estar ao lado e se oferecer para ajudar a cuidar do bebê (principalmente para a mãe conseguir descansar um pouco) é um presente extremamente valioso, que os amigos, parentes e até mesmo o companheiro pode dar neste momento.
Evite comparar a mãe com outras mulheres. Cada pessoa tem um estilo de vida e principalmente tem bebês com necessidades diferentes.
Por conta da depressão, algumas mães não sentem aquela alegria radiante, relatada pelas amigas, assim que tem o bebê nos braços e por conta disso se sentem ainda mais culpadas.
As causas para a mulher entrar no processo depressivo podem ser variadas. Desde de predisposição genética, até mesmo pela queda abrupta de hormônios depois da expulsão da placenta durante o parto. Além disso, também entram na lista de possíveis causas a preocupação com os cuidados do bebê recém-nascido, o medo de não ser uma boa mãe e a falta de sono adequado.
O fato de dormir pouco, contribui para agravar a depressão, uma vez que o sono ajuda a manter o funcionamento normal das funções psíquicas.
É um momento repleto de novas responsabilidades e de insegurança, o que dificulta a mãe com depressão pós-parto a entender o que está acontecendo e a procurar voluntariamente um médico logo no início dos sintomas. Por isso, tornamos a repetir que é de grande ajuda incentivar a mulher a buscar um médico. Se você percebe que ela não está conseguindo ter conexão com o bebê e os pensamentos ruins não cessam, é preciso consultar um psiquiatra o quanto antes para que se inicie o tratamento assim que possível.
E se você tem algum receio de amamentar por estar tomando medicação para combater a depressão, saiba que hoje em dia existem medicamentos seguros para o bebê. O importante é que a mamãe esteja bem e saudável para tomar conta do bebê e da nova rotina dentro de casa.
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DRA. ANA CRISTINA
GINECOLOGISTA, OBSTETRA, ULTRASSONOGRAFISTA E UMA DAS RESPONSÁVEIS PELA CLÍNICA.